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Política August 4, 2025

UE e EUA selam acordo comercial sob críticas de desequilíbrio

A União Europeia e os Estados Unidos alcançaram um novo acordo comercial que estabelece uma tarifa de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, pondo fim a meses de incerteza.

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A negociação, liderada por Ursula von der Leyen e Donald Trump, foi recebida com reações mistas, levantando questões sobre a autonomia estratégica e o poder negocial do bloco europeu.

O acordo, alcançado após meses de tensão, impõe à União Europeia compromissos significativos para além da aceitação das tarifas. O bloco comprometeu-se a adquirir 750 mil milhões de dólares em produtos energéticos norte-americanos nos próximos três anos, num esforço para substituir as fontes russas, e a investir 600 mil milhões de dólares adicionais nos EUA, além de aumentar as aquisições de material militar.

Esta assimetria gerou um forte debate interno, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a lamentar a debilidade europeia, afirmando que "para sermos livres, temos de ser temidos.

E nós não temos sido suficientemente temidos".

Várias análises nos artigos descrevem o acordo como uma "capitulação" e uma "submissão inevitável", argumentando que a UE, fragilizada pela sua dependência securitária dos EUA no âmbito da NATO e do apoio à Ucrânia, não teve poder negocial para alcançar melhores condições.

Outras perspetivas, como a do Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, consideram o pacto positivo, pois traz "previsibilidade e estabilidade", evitando uma guerra comercial com tarifas que poderiam chegar aos 30%. A negociação com um líder "irracional e imprevisível" como Trump foi vista como um exercício de pragmatismo para proteger setores-chave, como o aeronáutico, ainda que à custa de sacrifícios noutros, como o agroalimentar, e de um enfraquecimento da autonomia estratégica europeia.

ai briefingEm resumo
O acordo comercial UE-EUA fixa tarifas de 15% e impõe à UE avultados compromissos de compra e investimento, gerando um debate intenso sobre se representa uma cedência pragmática ou uma submissão estratégica face às pressões norte-americanas.

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