Enquanto a oposição e autarcas locais pediram o seu acionamento para obter meios aéreos, o Governo e o Presidente da República mostraram-se mais cautelosos.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, e o presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, foram as vozes mais proeminentes a defender a ativação do mecanismo.
Carneiro argumentou que seria "bom termos os mecanismos de apoio aéreo da União Europeia pré-posicionados" e que tal não deveria ser visto como "um sinal de fragilidade", mas sim como o uso de "recursos comuns". O autarca de Ponte da Barca, confrontado com um incêndio de grandes dimensões no Parque Nacional da Peneda-Gerês, fez um apelo direto ao Governo, sentindo-se "indignado, revoltado" com a falta de meios. Em contrapartida, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa pediu prudência para não "banalizar esse pedido e tornando mais difícil, no caso de uma emergência mais grave, o recurso a ele". A Comissão Europeia confirmou que Portugal solicitou assistência de satélite através do sistema Copernicus para monitorizar os incêndios em Arouca e Ponte da Barca, uma ferramenta de observação, mas esclareceu que, até ao momento, "ainda não foi feito um pedido para ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil", que implicaria o envio de meios diretos de combate, como aviões de outros Estados-membros.