Esta iniciativa insere-se num movimento crescente de países ocidentais, incluindo França, Reino Unido e Canadá, que sinalizaram a mesma intenção, procurando reforçar a solução de dois Estados como resposta à prolongada crise humanitária em Gaza.
A decisão gerou reações diametralmente opostas.
A embaixadora da Palestina em Lisboa, Rawan Suleiman, considerou o passo “muito importante e corajoso”, enquanto o seu homólogo israelita, Oren Rozenblat, advertiu que o reconhecimento seria um “prémio para o terrorismo” do Hamas.
Internamente, a questão dividiu o espectro político.
Partidos à esquerda como o PS, BE, PCP e Livre consideraram a medida “tardia”, argumentando que Portugal deveria ter agido soberanamente há mais tempo.
O Chega defendeu que a decisão deve ser tomada no quadro de um consenso europeu.
Luís Marques Mendes, candidato presidencial, classificou a decisão como “inevitável”.
O Governo de Luís Montenegro estabeleceu condições para o reconhecimento, incluindo o desarmamento do Hamas, a libertação dos reféns e a aceitação de um futuro Estado palestiniano desmilitarizado, sublinhando que o objetivo não é um gesto isolado, mas sim contribuir para uma paz duradoura na região.