A falta de consenso entre os Estados-membros impede a adoção de medidas firmes contra o governo de Benjamin Netanyahu.
Diplomatas confirmaram que a UE ainda não aplicará sanções a Israel, com países como a Alemanha e a Itália a preferirem “continuar o diálogo”.
Para aprovar qualquer medida, Bruxelas necessita de uma maioria de 15 Estados-membros que representem pelo menos 65% da população, um consenso que atualmente não existe. Esta inação contrasta com a rápida aplicação de sanções contra a Rússia, o que, segundo críticos, evidencia uma política de “dois pesos, duas medidas”.
Quarenta eurodeputados de quatro grupos políticos, incluindo socialistas portugueses, instaram Bruxelas a suspender as relações comerciais com Israel, em resposta às “constantes violações do direito internacional”.
Numa carta à liderança da UE, os deputados afirmaram que a Europa “deve agir de forma decidida, defendendo os seus valores fundamentais”.
A Eslovénia destacou-se como o único país da UE a proibir todo o comércio de armas com Israel, uma medida que reflete a crescente pressão dentro do bloco para uma postura mais assertiva.