A União Europeia, através do seu Serviço para a Ação Externa, manifestou preocupação com a detenção de Au Kam San, sublinhando que esta é a "primeira aplicação da Lei de Segurança Nacional da Região Administrativa Especial de Macau desde a sua adoção em 2009". Bruxelas recordou que "o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais é um elemento central da Lei Básica de Macau e da máxima 'um país, dois sistemas'", bem como uma obrigação da China ao abrigo da Declaração Conjunta Sino-Portuguesa de 1987. Em Portugal, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou estar a acompanhar o caso, e a Iniciativa Liberal propôs na Assembleia da República um voto de condenação.
A resposta de Pequim foi imediata e contundente.
O Comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em Macau repudiou os "comentários ilusórios" da UE, afirmando que a aplicação da lei é "estritamente assunto interno da China" e que "quaisquer organismos estrangeiros ou do exterior, incluindo a União Europeia, não têm direito de interferência". O governo de Macau também rejeitou a posição europeia, defendendo que os direitos do arguido estão a ser garantidos.