A sua liderança é testada por crises internas e externas, desde o acordo comercial com os EUA à gestão da guerra na Ucrânia.
Analistas questionam a nova postura de von der Leyen, que parece "quase irreconhecível em relação ao primeiro [mandato]". A sua gestão do acordo comercial com os Estados Unidos foi duramente criticada, com a presidente da Comissão a ser acusada de ceder à pressão de Donald Trump, num episódio que alguns em Bruxelas apelidaram de "Dia da Humilhação". Esta aparente submissão contrasta com a retórica de uma Europa mais autónoma e soberana.
A sua capacidade de liderança é também posta à prova pelas profundas divisões entre os Estados-membros, visíveis tanto na política comercial como na resposta ao conflito em Gaza.
A sua administração enfrenta ainda o desafio de implementar um orçamento que, segundo críticos, marginaliza as cidades e as regiões ultraperiféricas.
A ex-eurodeputada Ana Gomes criticou von der Leyen por "ousar mostrar os dentes, sorrir para aquele predador pedófilo", referindo-se a Donald Trump, o que ilustra o descontentamento de alguns quadrantes políticos com a sua abordagem diplomática.
O seu segundo mandato será, assim, definido pela capacidade de unir uma Europa fraturada e de afirmar o seu papel no cenário mundial.