Numa carta dirigida à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao presidente do Conselho Europeu, António Costa, e à Alta Representante para a Política Externa, Kaja Kallas, os signatários apelam a um “cessar-fogo imediato e a libertação de todos os reféns israelitas”.
A missiva, assinada por eurodeputados dos grupos Socialistas e Democratas, Verdes, Esquerda e Renovar a Europa, incluindo os portugueses Marta Temido, Bruno Gonçalves, Carla Tavares e André Franqueira Rodrigues, exige também a imposição de medidas abrangentes contra colonos israelitas violentos.
Os eurodeputados sustentam que Bruxelas “deve agir de forma decidida, defendendo os seus valores fundamentais”.
Esta pressão parlamentar reflete uma crescente crítica interna à postura da UE, que, segundo um ex-embaixador europeu na Palestina, está a prejudicar a sua credibilidade junto do Sul Global. Analistas apontam que a UE continua a ver “só um lado” no conflito, o que enfraquece a sua posição como mediador.
No entanto, a aprovação de sanções requer uma maioria qualificada no Conselho, e atualmente não há consenso suficiente, com países como a Alemanha a preferirem “continuar o diálogo” com Israel em vez de aplicar medidas punitivas.