O relatório do “Projeto Global Contra o Ódio e o Extremismo” (GPAHE), dos EUA, destaca a aproximação entre grupos de extrema-direita, bem como de extrema-esquerda, na Península Ibérica. Um dos casos mencionados é o de uma dirigente da Juventude do Chega que estuda em Madrid e mantém “relações estreitas com o Revueta, a ala jovem secreta do Vox”.
Outro exemplo é a realização de conferências conjuntas entre o grupo ultranacionalista português Reconquista e o seu homólogo espanhol Hacer Nación, ambos defensores da remigração forçada de imigrantes.
A colaboração entre as autoridades dos dois países já produziu resultados, como no caso do desmantelamento do Movimento Armilar Lusitano pela Polícia Judiciária em junho, que contou com informações da Guardia Civil espanhola. Os serviços de informações portugueses (SIS) e espanhóis (CNI) detetaram estas aproximações, que levaram a uma colaboração “profunda e diária” desde o final do ano passado. O coronel Francisco Rodrigues, presidente do OSCOT, afirmou que a relação com os serviços espanhóis “é das mais fortes”, justificando-a com as “fronteiras comuns, terrestres e marítimas, [que] acarretam problemas comuns e por isso soluções partilhadas”.