A medida, descrita pela CP como "excecional e temporária", obrigará a um transbordo em Viana do Castelo para "garantir a continuidade do serviço". A alteração operacional implica que o trajeto entre Porto-Campanhã e Viana do Castelo passe a ser assegurado por automotoras elétricas UTE 2240 da CP, enquanto o percurso entre Viana do Castelo e Vigo continuará a ser feito com as automotoras espanholas UTD 592 da Renfe.
A CP assegura que não haverá supressão de comboios e que a medida visa garantir a mobilidade dos passageiros.
A necessidade desta mudança surge, segundo o PCP de Viana do Castelo, de problemas com o material circulante.
As automotoras da Renfe, alugadas à CP desde 2013, estão a atingir o limite de quilómetros e necessitam de grandes revisões em Espanha, não havendo acordo entre as duas empresas sobre o pagamento das mesmas.
O partido Livre também questionou o Governo sobre esta interrupção, mostrando preocupação com o fim da única ligação ferroviária direta entre o Porto e a Galiza.
Este episódio evidencia os desafios da cooperação transfronteiriça e a necessidade de investimento e acordos sustentados para manter as ligações internacionais, um pilar da coesão territorial europeia.