A Alemanha enviou cinco caças Eurofighter para a Polónia para participar na vigilância do espaço aéreo da NATO junto à fronteira com a Bielorrússia, um "sinal claro de solidariedade" dentro da Aliança. Simultaneamente, países nórdicos como Dinamarca, Noruega e Suécia, juntamente com os Países Baixos, anunciaram um pacote de ajuda militar à Ucrânia, numa iniciativa coordenada pela NATO para fornecer armas americanas.
Estas ações inserem-se num contexto mais vasto de rearmamento, onde os membros da UE e da NATO se comprometeram a aumentar os seus gastos com a defesa.
Em Portugal, o debate sobre atingir 2% ou mesmo 5% do PIB em despesa militar está na ordem do dia, com o primeiro-ministro a admitir a necessidade de "reclassificar" investimentos para cumprir as metas.
Esta tendência é vista por analistas como uma resposta necessária às ameaças geopolíticas, mas também levanta preocupações sobre o impacto no Estado social e a possibilidade de uma escalada militarista, como aponta o editorial da revista Visão, que fala de um "grande rearmamento das economias europeias".