A reunião ministerial extraordinária, convocada por Kaja Kallas, reflete a urgência com que a União Europeia encara os desenvolvimentos na sua vizinhança oriental e no Médio Oriente.
No centro do debate esteve a proposta de paz para a Ucrânia, impulsionada pelo Presidente norte-americano Donald Trump, e o seu impacto na segurança europeia.
Kallas afirmou que, embora Trump tenha razão ao dizer que "a Rússia deve terminar a sua guerra contra a Ucrânia", qualquer acordo entre os EUA e a Rússia "deve incluir a Ucrânia e a União Europeia". A Alta-Representante insistiu que um eventual acordo não pode servir de "trampolim para novas agressões russas" e que "o direito internacional é claro: todos os territórios temporariamente ocupados pertencem à Ucrânia".
A reunião surge num contexto de desconfiança mútua entre o Ocidente e a Rússia, agravada pelo "historial de promessas e tratados quebrados pela Rússia".
O segundo ponto crucial da agenda foi a situação em Gaza, nomeadamente o plano israelita para ocupar a cidade, um tema que tem gerado condenações veementes por parte de vários Estados-membros.
A discussão visou coordenar os "próximos passos" do bloco europeu perante estas duas crises que afetam diretamente a estabilidade regional e os valores defendidos pela UE.