O ex-primeiro-ministro português argumentou que a operação militar em Gaza, juntamente com outras ações como "a anexação ilegal e expansão dos colonatos na Cisjordânia, a destruição de Gaza, o bloqueio à ajuda humanitária e o alastramento da fome", não só viola um acordo estabelecido com a UE a 19 de julho, como também "subverte os princípios fundamentais da lei internacional e dos valores universais".
A sua declaração reflete a crescente preocupação no seio das instituições europeias com a escalada do conflito e a grave crise humanitária no enclave palestiniano.
Ao vincular diretamente a continuação da ofensiva a futuras relações com o bloco, Costa sinaliza que a paciência europeia está a esgotar-se e que a parceria estratégica com Israel poderá ser reavaliada.
A sua posição reforça a ideia de que a solução de dois Estados continua a ser a "única solução sustentável e de longo prazo para a paz e a segurança em Israel e na região", um princípio que a ocupação militar de Gaza colocaria em sério risco.