A posição foi reforçada pelo Presidente do Conselho Europeu, António Costa, que advertiu que a decisão poderá ter repercussões nas relações entre a União Europeia e Israel.

Num comunicado conjunto, os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Espanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega e Eslovénia rejeitaram “categoricamente qualquer mudança demográfica ou territorial no Território Palestiniano Ocupado”.

A declaração sublinha que a operação anunciada por Benjamin Netanyahu causaria “um número inaceitavelmente elevado de vítimas mortais e a deslocação forçada de quase um milhão de civis palestinianos”, representando um “enorme obstáculo à aplicação da solução de dois Estados”.

António Costa foi mais incisivo, afirmando que “tem de haver consequências para as relações entre a União Europeia e Israel se avançar esta decisão”.

O Presidente do Conselho Europeu instou Israel a “reconsiderar a decisão”, considerando-a uma violação de um acordo prévio com a UE e dos “princípios fundamentais da lei internacional e dos valores universais”. O Governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, manifestou-se “profundamente preocupado”, pedindo a suspensão do plano, um cessar-fogo, a libertação dos reféns e a entrada urgente de ajuda humanitária.

A declaração conjunta dos oito países também reitera que o Hamas “não pode desempenhar qualquer papel no futuro governo” de Gaza e deve ser desarmado.