Esta decisão gerou críticas por parte da oposição, que defendia uma abordagem preventiva.

A porta-voz da Comissão Europeia, Anna-Kaisa Itkonen, reiterou que a União Europeia dispõe de “helicópteros e bombeiros pré-posicionados em França e países vizinhos, como Portugal, prontos para ajudar assim que houver pedidos”.

Este mecanismo já foi ativado este ano para auxiliar países como a Grécia e Chipre.

No entanto, a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, justificou a não ativação com o facto de Portugal ainda não ter esgotado os seus próprios meios. “Como ainda não chegámos, felizmente, à verificação de que já não somos capazes de debelar um problema com os nossos próprios meios, levamos muito a sério esta condição de última instância”, afirmou a ministra, acrescentando que a situação é complexa em todo o sul da Europa. O secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, e o presidente da ANEPC, José Manuel Moura, reforçaram esta posição, sublinhando que os 72 meios aéreos nacionais nunca estiveram todos empenhados em simultâneo.

O Partido Socialista, por sua vez, criticou o Governo, argumentando que o mecanismo deveria ter sido ativado preventivamente para pré-posicionar mais meios aéreos em território nacional, considerando que se perdeu uma semana valiosa.