A decisão presidencial foi tomada após o Governo ter prestado esclarecimentos sobre várias dúvidas levantadas pelo Chefe de Estado.
O processo prevê a venda direta de até 44,9% do capital a um ou mais investidores, com 5% reservados para os trabalhadores.
A operação já despertou o interesse de gigantes europeus como a Lufthansa, a Air France-KLM e o International Airlines Group (IAG), detentor da Iberia e da British Airways. Antes de dar a sua aprovação, Marcelo Rebelo de Sousa questionou o executivo sobre cláusulas relacionadas com o património da companhia, a alteração da estrutura de capital durante o concurso e a recente declaração de insolvência da antiga holding TAP SGPS. O Presidente, que tinha vetado um plano de privatização do anterior governo em 2023 por falta de transparência, considerou que as suas preocupações foram agora ultrapassadas. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que o processo visa “dar futuro à nossa companhia aérea, dar viabilidade e sustentabilidade a uma operação que é do interesse estratégico de Portugal”. O Governo estima concluir a operação no prazo de um ano, sendo que a fase seguinte será a aprovação do caderno de encargos, que definirá os critérios técnicos e jurídicos da venda, seguida de um período de pré-qualificação de 60 dias para os interessados.