O acordo, alcançado a 27 de julho, representa uma desescalada nas tensões comerciais transatlânticas.
O porta-voz da Comissão para o comércio, Olof Gil, afirmou que os EUA se comprometeram a que a tarifa de 15% não se aplicasse a “produtos farmacêuticos, automóveis e semicondutores”, esperando que Washington cumpra “esse compromisso o mais rapidamente possível”.
A UE, por sua vez, suspendeu as medidas de retaliação que tinha previsto, embora reserve o direito de as reativar. O pacto político inclui também o objetivo de alcançar “tarifas zero” para uma série de produtos, embora os detalhes ainda estejam a ser finalizados. Como contrapartida, a UE comprometeu-se a adquirir energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares, com o objetivo de substituir o gás russo, a realizar um investimento adicional de 600 mil milhões de euros e a aumentar a compra de material militar. Miguel Relvas, antigo ministro, defendeu que, perante estas tarifas, a UE deve privilegiar uma aliança com os países africanos, com Portugal a desempenhar um papel de mediação através da CPLP.