As condenações alertam para o agravamento da crise humanitária e para os riscos de uma violação flagrante do direito internacional.
A resposta europeia manifestou-se em várias frentes.
Um grupo de oito países — Portugal, Espanha, Islândia, Irlanda, Luxemburgo, Malta, Noruega e Eslovénia — emitiu uma declaração conjunta contundente, classificando o plano como uma “violação flagrante do direito internacional e do direito humanitário internacional”.
Este bloco rejeitou categoricamente “qualquer mudança demográfica ou territorial” e alertou que a ofensiva causaria um “número inaceitavelmente elevado de vítimas mortais”, representando um “enorme obstáculo à aplicação da solução de dois Estados”.
Adicionalmente, o Governo português manifestou a sua própria “profunda preocupação”.
Numa ação de significativo peso geopolítico, a Alemanha, um dos principais aliados de Israel, anunciou a suspensão da exportação de armas que pudessem ser utilizadas em Gaza, com o chanceler Friedrich Merz a afirmar que se tornava “cada vez mais difícil compreender” como o plano militar israelita permitiria atingir os seus objetivos. Aumentando a pressão, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, emitiu um aviso severo, declarando que “tem de haver consequências para as relações entre a União Europeia e Israel se avançar esta decisão”.
Esta resposta coletiva e multifacetada demonstra uma crescente impaciência na Europa face à estratégia militar de Israel e às suas consequências humanitárias, sinalizando uma potencial mudança na postura diplomática da UE em relação ao conflito.