O pacto, que entrou em vigor, visa estabilizar as relações comerciais transatlânticas, embora os detalhes finais ainda estejam em negociação.
O acordo, finalizado a 25 de julho na Escócia, representa uma desescalada crucial numa potencial disputa comercial danosa.
A Comissão Europeia declarou publicamente que espera que Washington cumpra os compromissos “o mais rapidamente possível”, em particular a inclusão de setores-chave como “produtos farmacêuticos, automóveis e semicondutores” no teto tarifário de 15%, sugerindo que estas áreas poderão beneficiar de isenções ou de um acordo “zero por zero”. O pacto não é unilateral; inclui compromissos significativos por parte da UE, nomeadamente a compra de 750 mil milhões de dólares em energia norte-americana, uma medida destinada a reduzir a dependência do gás russo, e um aumento nas aquisições de material militar.
Tal reflete a natureza transacional das negociações sob a administração Trump.
Apesar de o acordo ser considerado por alguns analistas como o “acordo possível” para evitar uma guerra comercial, é também visto como uma “humilhação diplomática” para a UE, evidenciando uma percebida falta de coesão política entre os Estados-membros. A finalização de uma declaração conjunta com mais pormenores está ainda pendente, mas o acordo marca um momento fulcral na gestão das relações comerciais transatlânticas.