A Comissão Europeia confirmou que tem meios pré-posicionados em Portugal e países vizinhos, prontos a intervir mediante solicitação. A porta-voz da Comissão Europeia, Anna-Kaisa Itkonen, afirmou que a UE tem “helicópteros e bombeiros preposicionados em França e países vizinhos, como Portugal, prontos para ajudar assim que houver pedidos”.
Este mecanismo já foi ativado por vários outros países europeus durante a presente época de incêndios.
No entanto, a Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, defendeu a posição portuguesa, sublinhando a “dimensão de última instância” do recurso à ajuda europeia.
“Como ainda não chegámos, felizmente, [...] à verificação de que já não somos capazes de debelar um problema com os nossos próprios meios, levamos muito a sério esta condição”, declarou a ministra.
O Secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, reforçou esta visão, explicando que o mecanismo é acionado “em último recurso” e que, apesar da intensidade dos fogos, nunca se verificou o empenho total dos 72 meios aéreos nacionais. Esta postura reflete uma estratégia de gestão de recursos que prioriza a capacidade interna, mas também ocorre num contexto em que “o sul da Europa está em geral a braços com o mesmo problema”, o que poderia limitar a disponibilidade de ajuda externa.