Excluída das negociações diretas no Alasca, a Europa procurou garantir que os seus interesses de segurança e os da Ucrânia não fossem ignorados, insistindo no princípio de "nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia". Perante a exclusão da cimeira, a diplomacia europeia, por iniciativa do chanceler alemão Friedrich Merz, organizou uma série de reuniões virtuais que juntaram os principais líderes europeus — incluindo Emmanuel Macron, Keir Starmer, e os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, António Costa — com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o próprio Donald Trump.

O objetivo central era apresentar uma frente unida e transmitir a Washington as linhas vermelhas europeias: a paz deve ser "justa e duradoura", respeitando a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, e quaisquer negociações significativas só podem ocorrer após um cessar-fogo.

Os líderes europeus, como Macron, afirmaram ter recebido garantias de Trump de que o seu principal objetivo era obter um cessar-fogo e que as questões territoriais não seriam negociadas sem Zelensky. A resposta de Moscovo foi de desdém, com a diplomacia russa a classificar os esforços europeus como "politicamente e praticamente insignificantes" e uma tentativa de "sabotar" o diálogo.

Esta situação colocou a UE numa posição delicada, a tentar projetar força e unidade para defender a segurança no seu próprio continente, ao mesmo tempo que era marginalizada do principal fórum negocial, evidenciando a sua dependência da dinâmica entre Washington e Moscovo.