Bruxelas classificou a medida como uma violação do direito internacional que prejudica a viabilidade da solução de dois Estados. A posição do bloco foi articulada pela porta-voz da Comissão Europeia para a diplomacia, Anitta Hipper, que declarou que a UE rejeita "qualquer alteração territorial que não seja parte de um acordo político entre as partes implicadas, pelo que a anexação de território é ilegal à luz do direito internacional". A condenação europeia foca-se no plano de construção na vasta área conhecida como E1, a leste de Jerusalém, um projeto que, se implementado, isolaria a cidade dos territórios palestinianos e fragmentaria a Cisjordânia. A gravidade da medida foi sublinhada pelo próprio ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, que afirmou que o plano "'enterra' finalmente a ideia de um Estado palestiniano". A posição da UE alinha-se com a de outras vozes internacionais, como a do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, que alertou que estes planos retalham a Cisjordânia, e a da Alemanha, cujo chefe da diplomacia também apelou a Israel para travar o projeto.

A condenação europeia reafirma o seu papel como defensora do direito internacional na região, embora a sua influência sobre as decisões do governo israelita continue a ser um desafio.