A posição da instituição democraticamente eleita da UE reforça a linha diplomática defendida pelos líderes dos Estados-membros, mas com uma ênfase particular na legitimidade democrática e nos perigos para a segurança europeia. No seu comunicado, os eurodeputados afirmaram que "nenhuma paz pode ser negociada sem a participação total da liderança democraticamente eleita da Ucrânia e apoiada pela população". Embora saudando os esforços para encontrar uma solução pacífica, advertiram que "qualquer decisão que coarte as aspirações legítimas e a vontade da Ucrânia, não é justa ou viável".
A comissão parlamentar foi mais longe, alertando que um acordo nos termos ditados por Moscovo representaria uma recompensa pela agressão e "colocaria em grande perigo a segurança europeia".
Os eurodeputados juntaram-se assim aos apelos para que o governo ucraniano seja envolvido na reunião entre Trump e Putin e para que a independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia sejam respeitadas. A declaração do Parlamento Europeu serve como um mandato político e moral para as outras instituições da UE, sublinhando que a base de qualquer paz duradoura deve assentar no direito internacional e na autodeterminação democrática, e não em acordos entre grandes potências à revelia dos mais diretamente afetados.