A celebração dos 40 anos da assinatura do ato de adesão de Portugal e Espanha à União Europeia serve de pano de fundo para uma reflexão sobre as profundas transformações vividas pelos dois países e os grandes desafios que o projeto europeu enfrenta atualmente. Um artigo de análise destaca como a integração europeia foi "essencial para a transformação" de Portugal e Espanha, normalizando as relações entre os dois vizinhos ibéricos e transformando-os em aliados com uma "grande convergência em matéria europeia". A adesão simbolizou a consolidação da democracia e a adoção de uma economia de mercado com preocupações sociais, resultando em progressos que "não teriam sido possíveis" fora da UE.
No entanto, o mesmo texto adverte que a União enfrenta hoje desafios existenciais que exigem uma resposta coesa. Entre os principais problemas listados estão a demografia, com um "inverno demográfico" que ameaça o dinamismo social; a migração e os problemas de integração; a dependência energética; a perda de competitividade face aos EUA e à China; e uma "permanente adolescência de liderança nacional" que impede uma visão estratégica comum.
O autor alerta contra a complacência, afirmando que "a liberdade, a democracia, o progresso e o bem-estar social devem ser defendidos todos os dias para evitar retrocessos".
A reflexão serve como um apelo para que Portugal e Espanha continuem a contribuir para uma UE "mais forte, mais unida e mais próxima".
Em resumoNo 40.º aniversário da sua adesão, Portugal e Espanha são apresentados como casos de sucesso da integração europeia, tendo alcançado estabilidade democrática e progresso económico. Contudo, o futuro da UE está ameaçado por desafios como a demografia, a competitividade e a falta de liderança política, exigindo uma defesa contínua dos valores e da unidade do projeto europeu.