Numa frente diplomática, Pequim anunciou o corte de relações com o Presidente checo, Petr Pavel, depois de este se ter tornado no primeiro chefe de Estado em funções a encontrar-se com o Dalai Lama, a quem o governo chinês rotula de "separatista".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirmou que o encontro "viola a soberania e a integridade territorial" da China.
Praga reagiu, com o vice-primeiro-ministro checo a rejeitar a ingerência chinesa, declarando: "Não estamos interessados em que os camaradas chineses nos digam onde os representantes checos podem ou não ir".
Embora se trate de uma questão bilateral, o gesto desafia a política de "Uma só China" que Pequim exige dos seus parceiros, incluindo a UE.
Numa frente económica, a China anunciou medidas contra dois bancos europeus não especificados, em resposta a sanções da União Europeia.
Pequim considerou as sanções europeias uma "violação grave" do direito internacional. Estes desenvolvimentos ocorrem num contexto em que o Irão também declarou estar a trabalhar com a China e a Rússia para contornar potenciais novas sanções europeias, indicando um alinhamento crescente de Pequim com adversários do Ocidente.