Esta é uma linha vermelha para a diplomacia europeia perante as pressões para cedências territoriais a Moscovo.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, articulou claramente a posição do bloco ao afirmar que “as fronteiras internacionais não podem ser alteradas pela força”.
Esta declaração foi ecoada por vários líderes e instituições europeias, incluindo os países nórdicos e bálticos, que numa declaração conjunta sublinharam o mesmo princípio.
A mensagem central é que a soberania da Ucrânia não está em causa e que a decisão final sobre quaisquer cedências territoriais cabe “à Ucrânia, e somente à Ucrânia”, como frisou von der Leyen. Esta posição contrasta diretamente com as sugestões do presidente norte-americano, Donald Trump, que defendeu publicamente que a Ucrânia deveria ceder a Crimeia e abandonar a sua ambição de aderir à NATO. Os líderes europeus, incluindo Emmanuel Macron, garantiram ter recebido de Trump a promessa de que as questões territoriais não seriam negociadas sem a presença de Zelensky. A insistência europeia neste ponto fundamental do direito internacional visa prevenir um precedente perigoso no continente e reflete a preocupação de que recompensar a agressão russa com território colocaria em risco a segurança de toda a Europa. Além disso, os líderes europeus foram claros ao afirmar que “a Rússia não pode ter poder de veto contra o caminho da Ucrânia para a UE e a NATO”, reforçando o direito soberano de Kiev de escolher as suas alianças.