Enquanto 26 Estados-membros da UE emitiram uma declaração a apoiar a iniciativa de paz de Donald Trump, mas sublinhando que esta deve respeitar a integridade territorial da Ucrânia, a Hungria foi o único país a não subscrever o documento.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, acusou a UE de "impor condições para negociações para as quais nem sequer foi convidada a participar".

Esta posição reflete a política externa húngara, que tem mantido laços mais próximos com Moscovo do que os seus parceiros europeus. Orbán, que elogiou a cimeira Trump-Putin afirmando que "o mundo hoje é um lugar mais seguro do que ontem", defende um acordo de paz mesmo que isso implique perdas territoriais para a Ucrânia.

A recusa em assinar a declaração conjunta foi justificada pela Hungria com a alegação de que esta impunha condições prévias às negociações.

A Comissão Europeia reagiu à posição de Budapeste afirmando que "não é nada de novo" e reiterando a importância da unidade do bloco. Esta divergência evidencia as fissuras na política externa comum da UE e o desafio que a posição húngara representa para a manutenção de uma frente unida contra a agressão russa.