Esta iniciativa é vista como uma alternativa viável à adesão imediata à Aliança Atlântica, contornando uma das principais exigências de Moscovo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou publicamente a proposta, afirmando: “Saudamos a vontade do Presidente Trump de fornecer garantias de segurança à Ucrânia, semelhantes ao artigo 5.º”.

Esta posição foi partilhada por outros líderes europeus, que veem nesta abordagem uma forma de assegurar a soberania ucraniana a longo prazo.

A chamada “Coligação dos Dispostos” ou “Coligação de Voluntários”, que inclui França, Reino Unido e Alemanha, declarou estar pronta para “desempenhar um papel ativo” na concretização destas garantias. De forma mais concreta, os líderes britânico e francês confirmaram a sua disponibilidade para enviar uma “força de dissuasão” para a Ucrânia assim que os combates cessarem, com o objetivo de desencorajar futuras agressões russas. Esta força, por vezes designada como “força de tranquilização”, dependeria, no entanto, de um compromisso norte-americano, que até agora se tem mostrado relutante em mobilizar tropas diretamente.

O presidente Zelensky saudou a iniciativa como uma “decisão histórica”, sublinhando que as garantias devem “ser desenvolvidas com a participação da Europa” para serem verdadeiramente eficazes e fornecerem proteção “em terra, no ar e no mar”. A proposta surge num contexto em que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, revelou que Vladimir Putin teria concordado com este tipo de garantias como uma concessão para evitar a adesão formal da Ucrânia à NATO.