A Europa posicionou-se não só como apoiante, mas também como potencial anfitriã para futuras negociações de paz.

Num comunicado conjunto, líderes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e de vários Estados-membros afirmaram estar "prontos para trabalhar com o Presidente Trump e o Presidente Zelensky no sentido de uma cimeira trilateral com apoio europeu". Esta posição foi reforçada pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que expressou a esperança de que uma tal cimeira ocorresse "o mais rapidamente possível".

A ideia ganhou contornos mais concretos quando o chanceler alemão, Friedrich Merz, sugeriu que o encontro poderia realizar-se no continente europeu. "Propusemos que tal local pudesse ser na Europa", afirmou Merz, acrescentando que este poderia tornar-se "o local onde essas discussões ocorrem permanentemente". O presidente francês, Emmanuel Macron, também indicou que Trump iria "batalhar para obter uma reunião trilateral" e que a Europa desejava que esta se realizasse "num país neutro aceite por todas as partes".

Este apoio europeu à cimeira trilateral demonstra o desejo do bloco de se manter central no processo diplomático, oferecendo os seus bons ofícios e o seu território como um espaço neutro para o diálogo, reforçando assim a sua relevância geopolítica na resolução do conflito que decorre às suas portas.