A presença europeia visou garantir uma frente unida e influenciar as negociações sobre o futuro da segurança no continente. A reunião na Casa Branca, que se seguiu à cimeira entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca, juntou uma delegação europeia de peso, incluindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e os líderes de França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Finlândia, além do secretário-geral da NATO.
O objetivo principal era apresentar uma "frente unida" e coordenar a posição ocidental antes de qualquer negociação direta com a Rússia.
Os líderes europeus procuraram garantir que os interesses da Ucrânia e da Europa fossem centrais nas discussões, evitando um acordo bilateral entre Washington e Moscovo que pudesse marginalizar Kiev.
O presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu a necessidade de futuras conversações serem quadripartidas, incluindo a UE, para discutir a "segurança de todo o continente europeu".
A cimeira foi descrita pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como uma "demonstração de genuína unidade entre a Europa e os EUA". Apesar do otimismo geral e dos elogios à iniciativa de Trump, vários líderes europeus, como o chanceler alemão Friedrich Merz, insistiram na necessidade de um cessar-fogo como pré-condição para negociações, uma visão que contrastava com a de Trump, que o considerou "desnecessário".
O encontro serviu, assim, para alinhar estratégias, mas também para expor as diferentes sensibilidades sobre o ritmo e as condições para alcançar a paz.