Numa intervenção diplomática notável, líderes europeus solicitaram ao presidente dos EUA que pressionasse o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, para desbloquear as negociações.

A candidatura da Ucrânia à UE é vista por Kiev e pelos seus aliados como uma componente essencial de um pacote mais vasto de garantias de segurança.

No entanto, a Hungria, sob a liderança de Orbán, tem consistentemente bloqueado o avanço das negociações, alinhando-se frequentemente com posições favoráveis à Rússia.

Durante a cimeira em Washington, os líderes europeus presentes teriam instado Donald Trump a usar a sua influência sobre Orbán.

Subsequentemente, foi noticiado que Trump telefonou ao primeiro-ministro húngaro, questionando-o sobre os motivos do seu bloqueio.

Em contraste com esta pressão diplomática, Orbán manteve a sua posição publicamente, afirmando após uma reunião do Conselho Europeu que "a adesão da Ucrânia à UE não oferece garantias de segurança, portanto, vincular a adesão a garantias de segurança é desnecessário e perigoso". Esta postura diverge da de outros Estados-membros, como Portugal, cujo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, reiterou "o apoio à Ucrânia, à sua adesão à UE e a total solidariedade no quadro negocial que se avizinha".

O episódio ilustra não só a complexidade do processo de alargamento da UE, mas também as divisões internas no bloco e o recurso a canais diplomáticos externos para tentar resolver impasses.