Esta medida foi confirmada por altos responsáveis europeus e ucranianos como uma ferramenta essencial para forçar Moscovo a negociar o fim da guerra.
No rescaldo da cimeira em Washington, e enquanto se delineiam os próximos passos diplomáticos, a UE reafirmou a sua intenção de manter a pressão económica sobre o Kremlin. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou ter discutido o tema com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, declarando posteriormente: "Falámos sobre os nossos próximos passos e sobre a preparação do novo pacote de sanções da UE, o 19º, contra a Rússia.
A pressão deve ser aumentada até que a Rússia tome medidas efetivas para pôr termo à guerra".
Esta posição foi corroborada por António Costa, que, em declarações aos jornalistas, identificou o avanço na preparação do novo pacote como uma das "três dimensões fundamentais" da estratégia europeia, a par do reforço militar da Ucrânia e do progresso na sua adesão à UE. A porta-voz da Comissão Europeia, Arianna Podestà, confirmou que, independentemente das negociações de paz, a pressão económica continuará e que o próximo pacote será apresentado no início de setembro. A insistência num novo conjunto de medidas restritivas sinaliza que a UE não pretende aliviar a sua postura, utilizando as sanções como uma alavanca negocial e um meio para limitar a capacidade russa de financiar o esforço de guerra.