As alterações climáticas estão a criar condições favoráveis para a propagação de vírus como o do Nilo Ocidental e o Chikungunya, que se tornarão um "novo normal" no continente.

De acordo com o ECDC, a Europa está a entrar numa "nova fase", caracterizada por "épocas de transmissão mais longas e intensas" para estas doenças.

O organismo europeu atribui esta mudança a fatores climáticos como "o aumento das temperaturas, verões mais longos, invernos mais amenos e alterações no padrão das chuvas".

Estas condições criam um ambiente propício ao desenvolvimento de mosquitos vetores. O mosquito *Aedes albopictus*, que pode transmitir o vírus Chikungunya, está agora instalado em 16 países europeus e 369 regiões, um número mais de três vezes superior ao de há uma década. Este ano, registou-se um recorde de 27 surtos de Chikungunya no continente.

Relativamente ao Vírus do Nilo Ocidental (VNO), foram registadas 335 infeções de origem local e 19 mortes em oito países europeus até 13 de agosto, com a Itália a ser o país mais afetado, com 274 infeções. O ECDC alerta que o número de pessoas em risco na Europa será cada vez maior e está a trabalhar com os Estados-Membros para reforçar a resposta europeia, fornecendo orientações de saúde pública. A agência recomenda medidas de proteção individual, como o uso de repelentes e redes mosquiteiras, especialmente para os mais vulneráveis.