A ação, no entanto, teve repercussões diretas na Hungria, que recebe petróleo russo através do oleoduto Druzhba.

O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjártó, condenou o ataque, afirmando que Kiev e Bruxelas tentam "arrastar a Hungria para a guerra" e reiterou a posição do seu governo: "Deixem-me ser claro: esta não é a nossa guerra".

A resposta de Kiev foi igualmente dura.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrí Sibiga, recomendou à Hungria que direcionasse as suas queixas para Moscovo, lembrando que foi a Rússia quem iniciou a guerra e que a Hungria manteve a sua dependência energética de um "parceiro pouco fiável". Este incidente evidencia a complexa dinâmica dentro da UE, onde a Hungria, devido à sua dependência energética e postura política próxima do Kremlin, se choca frequentemente com a estratégia de apoio inequívoco à Ucrânia defendida pela maioria dos Estados-membros.