Kallas sublinhou a necessidade de não pressionar a Ucrânia a fazer concessões territoriais, como a região do Donbass.
Em declarações à BBC, Kallas manifestou uma visão crítica sobre os recentes desenvolvimentos diplomáticos, afirmando que na cimeira do Alasca, o Presidente russo Vladimir Putin obteve "tudo o que queria". Segundo a chefe da diplomacia europeia, "[Vladimir] Putin foi recebido de forma muito positiva e não queria que fossem impostas sanções, o que também conseguiu".
A sua análise sugere que a Rússia está a explorar as negociações para consolidar ganhos sem fazer concessões significativas.
"Putin está a rir-se; não impede os assassinatos, mas aumenta-os", afirmou Kallas, demonstrando ceticismo quanto à boa-fé de Moscovo. Em vez de se focar em garantias de segurança teóricas, Kallas defendeu o reforço militar de Kiev como a salvaguarda mais eficaz. "A garantia de segurança mais sólida é um Exército ucraniano forte", declarou, enfatizando a importância de garantias que não sejam meramente teóricas.
Apelou ainda à "coligação dos voluntários" para que cada país determine o seu contributo para fortalecer as forças ucranianas, cuja capacidade total ainda não foi definida.
A sua posição reflete uma linha dura dentro da UE, que desconfia das intenções russas e prioriza o fortalecimento da capacidade de defesa da Ucrânia como o caminho mais seguro para uma paz duradoura.