Embora esta cláusula tenha sido usada no passado para responder a crises energéticas ou catástrofes, o Parlamento considera que a sua aplicação neste contexto foi inadequada e que foi deliberadamente isolado do processo legislativo. O Parlamento Europeu pede, por isso, a anulação do regulamento do SAFE (Security Action for Europe) e que o processo seja reiniciado, garantindo a sua participação. No entanto, para não prejudicar os países que já manifestaram interesse no programa, como Portugal, o Parlamento solicitou ao TJUE que, caso a sua ação seja aceite, "os efeitos da regulamentação sejam mantidos até que seja substituído por uma nova legislação com a base legal apropriada". Esta disputa institucional evidencia as tensões entre os órgãos da UE sobre as competências em áreas sensíveis como a defesa, num momento em que o bloco procura reforçar a sua autonomia estratégica e capacidade industrial militar.