O incidente expõe as profundas divisões no seio do bloco sobre a dependência energética da Rússia e o apoio à Ucrânia.
Num comunicado conjunto, os ministérios dos Negócios Estrangeiros húngaro e eslovaco denunciaram à Comissão Europeia e aos Estados Unidos que o oleoduto, "indispensável para o abastecimento" dos seus países, foi sabotado "três vezes" em três semanas, interrompendo o fornecimento de petróleo.
A Ucrânia, por sua vez, confirmou o ataque a uma estação de bombeamento de petróleo em território russo, considerando-a um alvo legítimo por fazer parte da "infraestrutura económica" que facilita o esforço de guerra de Moscovo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, respondeu diretamente ao seu homólogo húngaro, recomendando que Budapeste direcione as suas queixas para Moscovo.
"Há anos que a Hungria ouve dizer que Moscovo é um parceiro pouco fiável.
Apesar disso, a Hungria não tem poupado esforços para manter a sua dependência da Rússia", afirmou Sibiga.
Este confronto evidencia a tensão entre a estratégia militar de Kiev, que visa minar a capacidade económica russa, e os interesses energéticos de Estados-membros da UE que continuam a receber petróleo russo através de uma isenção às sanções europeias.