As alterações climáticas estão a criar condições favoráveis para a proliferação destes vetores, representando uma crescente ameaça à saúde pública em todo o continente.

De acordo com o ECDC, o continente europeu está a entrar numa "nova fase" com épocas de transmissão mais longas, disseminadas e intensas. Fatores como o aumento das temperaturas, verões mais longos e invernos mais amenos criam um "ambiente favorável ao desenvolvimento dos mosquitos e transmissão de vírus". O mosquito Aedes albopictus, vetor do Chikungunya, está agora instalado em 16 países europeus, mais do triplo de há uma década, o que, combinado com o aumento das viagens internacionais, torna os surtos mais prováveis. Em 2025, registaram-se 27 surtos de Chikungunya, um novo recorde.

Simultaneamente, as infeções pelo Vírus do Nilo Ocidental (VNO) também atingiram o número mais elevado em três anos, com a Itália a ser o país com o maior número de casos (274), seguida pela Grécia (35). O ECDC prevê que as infeções continuem a aumentar, com um pico sazonal em agosto ou setembro, e está a trabalhar com os Estados-Membros para reforçar a resposta europeia, sublinhando a necessidade de medidas de proteção individual e de vigilância robusta para enfrentar esta ameaça crescente.