A reunião expôs as divergências sobre a estratégia a seguir e redefiniu o papel da Europa na concessão de garantias de segurança a Kiev.

O encontro na Casa Branca juntou Volodymyr Zelensky, Donald Trump e uma delegação europeia de alto nível que incluía Ursula von der Leyen, António Costa, Emmanuel Macron, Friedrich Merz, Keir Starmer, Giorgia Meloni e Mark Rutte.

O objetivo era apresentar uma "frente unificada" e pressionar por uma paz "justa e duradoura", mas a dinâmica da reunião revelou a centralidade de Trump no processo.

O presidente norte-americano, que se tinha reunido dias antes com Vladimir Putin, deixou claro que a Europa teria de assumir a maior parte do encargo com a segurança futura da Ucrânia.

Trump descartou o envio de tropas americanas, mas admitiu a possibilidade de fornecer "apoio aéreo" a um contingente europeu.

Esta posição transferiu a responsabilidade para os líderes europeus, que agora debatem a formação de uma "Coligação dos Voluntários" para enviar tropas para o terreno.

Países como França e Reino Unido mostraram-se disponíveis, mas a iniciativa carece de um consenso alargado. A cimeira também evidenciou a divisão sobre a melhor abordagem: enquanto alguns líderes, como o chanceler alemão, defendiam um cessar-fogo imediato, Trump insistiu que um acordo de paz deveria preceder qualquer paragem nas hostilidades. A reunião terminou com o anúncio de Trump de que iria preparar um encontro entre Putin e Zelensky, deixando os líderes europeus numa posição secundária no processo diplomático.