Simultaneamente, grande parte do continente e da região do Mediterrâneo sofre com uma seca histórica, agravando as condições e testando a capacidade de resposta conjunta do bloco. Os dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) revelam que a área ardida na UE em 2025 já ultrapassou o recorde anterior de 2017.

Espanha é o país mais afetado, com cerca de 400.000 hectares queimados, seguida por Portugal e Roménia. Esta devastação é acompanhada por uma seca severa, com o Observatório Europeu da Seca (EDO) a indicar que mais de 51% dos solos na Europa e na região do Mediterrâneo foram afetados no início de agosto, a taxa mais elevada desde o início das observações em 2012.

As regiões mais atingidas pela seca incluem o Cáucaso e os Balcãs.

Esta combinação de calor extremo e falta de humidade criou condições ideais para a propagação de incêndios de grande intensidade. Em resposta, vários países, incluindo Espanha e Portugal, ativaram o Mecanismo de Proteção Civil da UE.

A solidariedade europeia materializou-se no envio de meios aéreos e terrestres de países como Suécia, França, Grécia, Alemanha, Finlândia, entre outros.

O Primeiro-Ministro espanhol, Pedro Sánchez, agradeceu a ajuda europeia, sublinhando que a reconstrução das áreas devastadas levará "meses, se não anos", e defendeu um "pacto de Estado" para enfrentar a emergência climática.