A questão ganhou relevo internacional quando líderes europeus pediram ao Presidente dos EUA, Donald Trump, que usasse a sua influência para convencer Budapeste a mudar de posição.

Durante a cimeira em Washington sobre a guerra na Ucrânia, os líderes europeus instaram Trump a pressionar Orbán, conhecido pelas suas posições críticas em relação a Bruxelas e alinhadas com Moscovo. Segundo a agência Bloomberg, Trump terá telefonado a Orbán após o encontro para o questionar sobre os motivos do seu bloqueio.

A Hungria tem consistentemente oferecido cobertura diplomática à Rússia, bloqueado pacotes de ajuda a Kiev e oposto-se a sanções da UE contra Moscovo.

O governo de Budapeste argumenta que a adesão da Ucrânia não oferece garantias de segurança e seria "desnecessário e perigoso". Numa publicação nas redes sociais, Orbán afirmou que "a política de isolar a Rússia falhou" e que a solução para a guerra passa por um encontro entre Trump e Putin, e não pela integração de Kiev no bloco europeu. A Ucrânia, por seu lado, vê o compromisso de adesão à UE como parte de um pacote mais vasto de garantias de segurança para o pós-guerra.

O Presidente Zelensky confirmou ter pedido a Trump para intervir, afirmando que o presidente americano "prometeu que a equipa norte-americana vai trabalhar no assunto".