O ato foi veementemente condenado pelos líderes europeus como um ataque deliberado e uma perigosa escalada do conflito.
Durante a madrugada, a Rússia lançou um bombardeamento em larga escala sobre Kiev, utilizando, segundo as autoridades ucranianas, 629 drones e mísseis.
O ataque resultou em pelo menos 14 mortos e 48 feridos entre a população civil, para além da destruição de numerosos edifícios. A embaixadora da UE na Ucrânia, Katarina Mathernova, confirmou que a delegação comunitária ficou “severamente danificada” pela onda de choque, descrevendo o ataque como “a verdadeira resposta de Moscovo aos esforços de paz”.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, assegurou que, apesar dos “bombardeamentos implacáveis da Rússia”, todos os funcionários da delegação estavam “em segurança”. A condenação por parte dos líderes da UE foi unânime e contundente.
O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, classificou a ação como um “ataque deliberado da Rússia” e declarou que “a UE não se deixará intimidar”. A Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, referiu-se ao incidente como “mais um ataque indiscriminado da Rússia durante esta agressão sem sentido”, sublinhando que o pessoal da delegação é “a voz da UE no terreno na Ucrânia”. A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, reforçou a ideia de que, “enquanto o mundo procura um caminho para a paz, a Rússia responde com mísseis”, considerando que a ação demonstra “uma escolha deliberada de intensificar e ridicularizar os esforços de paz”. Este ataque direto a uma representação diplomática da UE é visto não apenas como uma agressão contra a Ucrânia, mas como uma mensagem hostil dirigida a todo o bloco europeu, reforçando a determinação da União em continuar a apoiar Kiev.