A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também confirmou a intenção de utilizar os lucros dos ativos russos congelados para a defesa e reconstrução da Ucrânia. A decisão foi comunicada por Ursula von der Leyen na sequência do bombardeamento que, segundo ela, ocorreu a escassos 50 metros da delegação da UE na capital ucraniana.

Esta medida representa uma escalada significativa na resposta económica do bloco à agressão russa.

A utilização dos lucros gerados pelos bens russos congelados para fins militares e de reconstrução na Ucrânia é uma estratégia que vinha sendo discutida há meses, mas o ataque direto a uma representação da UE parece ter sido o catalisador para a sua concretização. A presidente da Comissão Europeia destacou que os fundos serão canalizados para a “defesa e reconstrução da Ucrânia”, sinalizando um compromisso de longo prazo que vai além do fornecimento de ajuda humanitária e financeira. Esta política transforma os ativos imobilizados de Moscovo numa fonte de financiamento direto para o esforço de guerra ucraniano, uma medida com profundas implicações legais e geopolíticas.

A par desta iniciativa, von der Leyen anunciou que um novo pacote de sanções está a ser preparado, indicando que a UE pretende continuar a aumentar a pressão económica sobre o Kremlin para o forçar a cessar as hostilidades.

A ação foi enquadrada como uma resposta necessária para garantir a segurança nas fronteiras da União com a Rússia e para responsabilizar Moscovo pelos seus atos.