O executivo húngaro considera que o Conselho Europeu, presidido por António Costa, violou “os princípios fundamentais de tomada de decisões legítimas, estabelecidos no Tratado da União Europeia”, ao retirar o seu direito de voto “sem fundamento jurídico”. Esta ação legal representa o mais recente desafio de Budapeste à política externa comum da UE em relação à Rússia, uma postura que tem frequentemente bloqueado ou atrasado decisões cruciais do bloco. A medida de utilizar os ativos russos foi adotada em maio de 2024 e prevê que mais de 90% dos benefícios derivados da gestão desses bens sejam transferidos para o reforço militar e a recuperação económica da Ucrânia. O processo interposto pela Hungria não só ameaça atrasar a implementação desta importante fonte de financiamento para Kiev, como também expõe a dificuldade da UE em manter uma frente unida contra a agressão russa.