Estas ações, coordenadas com a NATO, refletem uma mudança estratégica em direção ao rearmamento e a uma maior prontidão para responder a ameaças, nomeadamente da Rússia.
A Alemanha aprovou um projeto de lei para instituir um serviço militar voluntário, que poderá tornar-se obrigatório em caso de necessidade de defesa do país ou falta de voluntários. A medida, apresentada pelo Ministro da Defesa Boris Pistorius, visa aumentar as reservas das Forças Armadas, que necessitam de cerca de 80.000 militares adicionais. Paralelamente, foi inaugurada em Unterlüss uma nova fábrica de munições da Rheinmetall, descrita como “a maior da Europa”. O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, presente na cerimónia, sublinhou a importância da iniciativa para garantir a segurança face à “ameaça russa” e ao “contínuo aumento militar da China”.
A fábrica deverá produzir 350.000 projéteis de artilharia por ano a partir de 2027.
Por sua vez, a Suécia, novo membro da Aliança, anunciou que irá acolher um quartel-general logístico da NATO na cidade de Enköping. Esta estrutura será crucial para coordenar o transporte de tropas e equipamentos no norte da Europa, reforçando a defesa do flanco norte da NATO.
O centro deverá estar operacional até ao final de 2027. Estas iniciativas nacionais inserem-se num esforço mais vasto da UE, que anunciou um “Pacote de Mobilidade Militar” com um investimento de 17 mil milhões de euros para melhorar as infraestruturas de transporte de dupla utilização (civil e militar) em todo o continente.