A decisão, no entanto, expôs novamente as fissuras na unidade do bloco, com a Hungria a ser o único Estado-membro a não subscrever a declaração conjunta.
Numa reunião informal de ministros em Copenhaga, a Alta Representante da UE, Kaja Kallas, em nome de 26 dos 27 países, afirmou que os recentes bombardeamentos “demonstram mais uma vez a natureza imprudente da Rússia”. A declaração compromete os signatários a “acelerar o trabalho sobre o 19.º pacote de sanções”, reforçando que “ataques intencionais contra civis e objetivos que não são militares é um crime de guerra”.
A Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, corroborou esta posição, prometendo “manter a pressão máxima sobre a Rússia” e avançar com o uso dos lucros dos ativos russos congelados para a defesa e reconstrução da Ucrânia.
A oposição da Hungria a esta medida, bem como a sua recusa em apoiar as novas sanções, continua a ser um obstáculo significativo à política externa da UE, evidenciando a influência que Budapeste exerce ao bloquear decisões que requerem unanimidade e ao manter uma postura mais alinhada com os interesses de Moscovo.