O incidente eleva a tensão entre Bruxelas e Moscovo, testando a determinação europeia em apoiar a Ucrânia.
Na madrugada de 28 de agosto, um dos maiores ataques aéreos russos desde o início da guerra atingiu a capital ucraniana com cerca de 629 drones e mísseis, causando dezenas de vítimas civis, incluindo crianças. A onda de choque do bombardeamento danificou severamente o edifício da delegação da UE, um ato que os líderes europeus consideraram deliberado e uma violação flagrante do direito internacional.
A reação foi imediata e uníssona.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se "indignada" e anunciou que o bloco iria "apresentar em breve o 19.º pacote de sanções severas" e avançar com o uso de ativos russos congelados para a reconstrução da Ucrânia.
O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, declarou-se "horrorizado" e afirmou que "a UE não se deixará intimidar".
A Alta-Representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, acusou o Presidente russo de ridicularizar os esforços de paz, afirmando que "enquanto o mundo procura um caminho para a paz, a Rússia responde com mísseis".
Em linha com estas declarações, a UE convocou o enviado russo em Bruxelas para exigir explicações.
O ataque foi interpretado não apenas como uma escalada militar, mas também como uma mensagem direta a Bruxelas, ocorrendo na véspera de uma reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Copenhaga, onde o reforço do apoio a Kiev estava na agenda.