A reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros em Copenhaga evidenciou a falta de consenso para uma ação unificada.
A Alta Representante da UE, Kaja Kallas, expressou a sua frustração pessoal com a incapacidade de alcançar uma posição comum, afirmando que a divisão "afeta a credibilidade do bloco na cena mundial". De um lado, países como Espanha, Irlanda e Dinamarca defendem a imposição de sanções a Israel, incluindo a proibição de importação de produtos fabricados nos colonatos da Cisjordânia, considerados ilegais à luz do direito internacional.
Do outro, um grupo que inclui Alemanha, Áustria, Itália e Hungria opõe-se a qualquer medida sancionatória. Kallas lamentou: "Se me perguntarem pessoalmente como é que me sinto, que sou o culpado, que não temos uma decisão, então é difícil.
É muito difícil".
A chefe da diplomacia europeia confirmou que as opções continuam em cima da mesa, mas "o problema é que nem todos os Estados-Membros da UE estão de acordo".
Numa tentativa de contornar o impasse, o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, sugeriu abordagens inovadoras, como a imposição de uma "pesada tarifa sobre as importações" provenientes dos territórios ocupados, uma medida que poderia ser aprovada por maioria qualificada, evitando o veto de alguns estados. A reunião de Copenhaga, sendo de formato informal, não permitiu a tomada de decisões, mas os debates indicam a crescente pressão dentro do bloco para uma postura mais assertiva em relação a Telavive.