A cimeira ocorre num momento em que os esforços de paz liderados por Washington parecem estagnados, reforçando o papel da Europa como ator central no apoio a Kiev. A reunião de quinta-feira foi planeada para dar seguimento às conversações iniciadas no mês anterior em Washington e foca-se na necessidade de estabelecer garantias de segurança robustas para a Ucrânia.
Segundo uma fonte política europeia citada pela AFP, o objetivo é procurar avanços diplomáticos, especialmente porque a Rússia está a "arrastar a situação novamente".
Este encontro ganha particular relevância num contexto em que as iniciativas diplomáticas do Presidente norte-americano, Donald Trump, que se encontrou com Vladimir Putin no Alasca, não produziram resultados concretos.
A participação de Trump na cimeira de Paris "neste momento não está prevista", o que coloca os líderes europeus na vanguarda do esforço diplomático. A Ucrânia acusa a Rússia de usar as negociações como uma tática para ganhar tempo e preparar novos ataques, numa altura em que as forças russas controlam aproximadamente 20% do território ucraniano e mantêm a vantagem na linha da frente. A cimeira de Paris é, portanto, uma tentativa de consolidar uma frente europeia unida e definir os próximos passos para assegurar a soberania e a segurança da Ucrânia a longo prazo, explorando vias diplomáticas enquanto se prepara para um conflito prolongado.