O incidente foi visto como um ataque deliberado que mina os esforços de paz e reforça a determinação do bloco em apoiar a Ucrânia.
Na madrugada de quinta-feira, a Rússia lançou um dos maiores bombardeamentos sobre a capital ucraniana desde o início da guerra, com cerca de 629 drones e mísseis. O ataque, que causou dezenas de vítimas civis, atingiu também as instalações da missão diplomática da UE. A embaixadora da UE na Ucrânia, Katarina Mathernova, confirmou que a delegação ficou "severamente danificada pela onda de choque", descrevendo o ataque como "a verdadeira resposta de Moscovo aos esforços de paz". A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se "indignada" e confirmou que o pessoal da delegação estava em segurança. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, declarou-se "horrorizado com mais uma noite de ataques mortíferos" e classificou o ato como um "ataque deliberado da Rússia", afirmando que "a UE não se deixará intimidar". A agressão gerou uma resposta diplomática imediata, com a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, a convocar o enviado russo em Bruxelas para exigir explicações, sublinhando que "uma missão diplomática jamais deve ser um alvo". O ataque foi universalmente condenado pelos líderes dos Estados-membros, incluindo Portugal, França e Alemanha, que o consideraram uma prova da falta de interesse da Rússia em negociações.
Em resposta, Ursula von der Leyen prometeu acelerar um novo pacote de sanções, o 19.º, para "manter a pressão máxima sobre a Rússia".