Durante a aproximação ao aeroporto de Plovdiv, o avião que transportava Ursula von der Leyen perdeu o sinal de GPS, obrigando os pilotos a recorrer a mapas em papel para aterrar em segurança.
Fontes da Comissão Europeia e autoridades búlgaras levantaram a suspeita de uma "interferência flagrante perpetrada pela Rússia".
O Kremlin, através do seu porta-voz Dmitry Peskov, negou qualquer envolvimento, classificando a informação como "incorreta".
O incidente gerou reações a vários níveis.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, afirmou que a Aliança encara estes episódios "com grande seriedade", garantindo que estão a "trabalhar dia e noite para contrariar esta ameaça".
Rutte inseriu o bloqueio de sinais de navegação numa campanha russa mais ampla de ameaças híbridas, que inclui ciberataques e o corte de cabos submarinos.
Curiosamente, o primeiro-ministro búlgaro, Rosen Zhelyazkov, desvalorizou o caso, considerando-o uma "consequência colateral, mas insignificante" da guerra na Ucrânia e afirmando que "não há razão para investigá-lo".
Esta posição contrasta com a de outros responsáveis europeus, como o inspetor-geral das Forças Armadas alemãs, Carsten Breuer, que revelou ter vivido pessoalmente uma situação semelhante.
A Itália, por sua vez, está a considerar classificar os voos de Estado como secretos para minimizar a informação pública sobre deslocações oficiais e evitar este tipo de ataques.